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Qual é a relação entre mente e consciência?

Qual é a relação entre mente e consciência? Será que é a mesma coisa?

Vocês já pararam para pensar se isso é igual, se mente é o nosso cérebro e a nossa consciência faz parte do nosso cérebro? A mente é o veículo de manifestação da consciência. A consciência não está no nosso cérebro ou mente. A nossa consciência está além, ela permeia tudo, ela é não local.

Nossa consciência se manifesta através da nossa mente para que possamos vivenciar as experiências necessárias ao nosso desenvolvimento como espíritos imortais e como seres individuais. A nossa mente pode ser considerada como o órgão sensorial, aquele que interpreta os sinais levados através dos cinco sentidos. Sabemos o gosto, o cheiro e se algo é áspero ou macio porque nossa mente interpreta desta forma. Da mesma forma, enxergamos as coisas pela refração da luz, pela interpretação da nossa mente.

A função cognitiva e as sinapses neurais também acontecem na mente, que também é a responsável por armazenar a memória. A consciência é a responsável pela nossa evolução em cada existência. É ela que, por vezes, nos direciona em nossas decisões. Mas isso acontece de forma melhor quando aprendemos a ouvi-la.

O sentimento de unicidade com nossa consciência, também conhecida como Essência, nos facilita esclarecer as nossas dúvidas. A etimologia da palavra consciência é conscientia, que vem do latim e significa “estar ciente”. Para a ciência, é simplesmente estar acordado, ou seja, ter sensibilidade dos sentidos. Mas, na espiritualidade, entendemos que nossa consciência, embora seja a responsável pelo ânimo da vida, é também o repositório ou a própria Fonte do Saber.

É onde estão armazenadas todas as nossas experiências em cada encarnação e, portanto, responsável pelo nosso desenvolvimento. Quando dormimos, nosso corpo mais fluido sai do nosso corpo físico, e, nesse momento, nossa consciência, que nunca adormece, se manifesta neste corpo, que é conhecido por vários nomes — e um deles é o psicossoma. Ou seja: soma igual a corpo e psi igual a alma ou espírito.

Logo, nossa consciência é o nosso verdadeiro espírito, que, na hora do sono, se manifesta neste corpo fluídico. Nesse momento, várias experiências também são vivenciadas e acumuladas na consciência.

Nosso livre-arbítrio é um atributo da nossa essência. Deste modo, mesmo em corpo sutil, manifestamos livre-arbítrio. Se assim não fosse, nossas experiências na chamada projeção astral, ou projeção da consciência — que ocorre quando dormimos e nos manifestamos em corpo fluídico em outra dimensão — seriam apenas maravilhosas, porque nossa consciência apenas nos guiaria aos melhores lugares de beleza e aprendizado. Mas nem sempre é assim.

Voltando ao termo científico “ter ciência”, para nós espiritualistas significa o que hoje é conhecido popularmente como o despertar ou expansão da consciência. É quando nos conscientizamos, por assim dizer, de que não somos o que vemos no espelho. Apenas nosso corpo é a manifestação biológica da nossa essência ou consciência. Despertamos não os sentidos físicos, mas os sentidos não fisiológicos: a intuição, a percepção dos sinais que nos chegam de formas diferenciadas por todo o universo.

Para finalizar: consciência é nossa essência, que guarda uma vasta experiência das nossas vivências, mas também diretamente da Fonte Criadora, porque é ela a nossa maior ligação com o Todo.

Já que estamos falando em mente e em consciência, vamos falar sobre os pensamentos. Afinal, de onde vêm os pensamentos? Um estudo recente comprovou que nós, seres humanos, somos capazes de produzir cerca de 6.000 pensamentos por dia. Segundo a ciência, os pensamentos são formulados pela transmissão dos neurotransmissores, através da sinalização celular das células nervosas do cérebro, que são conhecidas por neurônios.

E estes sinais é que formam os pensamentos, ou seja, as informações captadas pelo cérebro são direcionadas pelos neurotransmissores e codificadas, surgindo assim os pensamentos.

O pensamento claramente nos diferencia como ser humano. Mas será que nenhum outro animal consegue pensar? Quando assistimos às articulações de um animal selvagem para conseguir pegar sua presa — e, principalmente, quando isso é ensinado aos seus filhotes, sabendo que disso depende sua sobrevivência —, sabemos que é inato a cada um de nós o instinto de sobrevivência. Mas ele é ativado principalmente diante do perigo iminente.

Quem nunca teve um cachorro que fingiu querer sair, e assim que você levanta do sofá ele volta rápido e pega o seu lugar? Será que isso não é uma forma de pensamento?

Brincadeiras à parte, o que nos diferencia como seres humanos, é claro, é o nosso pensamento lógico. Atribuímos razão e lógica para as coisas da vida, e, quando são ilógicas, dizemos que não é racional ou não é humano. No entanto, algo pode ser ilógico ou fora do nosso entendimento racional e não necessariamente ser inumano ou algo ruim — como quando falamos de fatos que a ciência não consegue explicar, por exemplo.

Já falamos sobre pensamentos lógicos e racionais, mas o que isso quer dizer? Encontramos — ou pelo menos procuramos encontrar — uma lógica para tudo o que existe, ou pelo menos para tudo o que nos acontece, para que assim nós consigamos racionalizar tudo, ou seja, colocar razão em tudo. Só que isso nem sempre ocorre de forma igual para todos.

Já dizia Shakespeare que “há muito mais entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”.

Falamos então dos tipos de pensamento, como os positivos e os negativos, por exemplo. Nós sabemos que tudo é energia no universo. Tudo é composto por átomos, que se comportam como partículas e ondas. Nosso pensamento é uma onda, assim como as ondas de rádio ou as do celular que nos rodeiam. Estão por toda parte, mas não conseguimos enxergar — apenas sabemos que existem e que se propagam através do ar.

Então, nossos pensamentos também são como estes sinais que emitimos e recebemos. Assim como as ondas de rádio ou de celular são boas porque nos trazem cura e informação, às vezes, quando em excesso, também podem nos prejudicar.

Da mesma forma, os pensamentos podem ser benéficos ou não, construtivos ou destrutivos. O bem e o mal… nada no universo é totalmente bom ou totalmente mau. Tudo é ambíguo e depende do uso que damos a ele.

Por exemplo: uma faca serve para cortar o alimento e também pode ser utilizada como arma. Da mesma forma, um vidro pode compor uma janela que nos protege ou nos cortar quando está quebrado. Os nossos pensamentos também podem seguir esta lógica.

Somos tomados por pensamentos que consideramos ruins, mas que podemos transformá-los em bons. Um pensamento de dor, de culpa ou de raiva podemos transformar em impulsos criativos. Quando adotamos esta prática, em breve tempo os pensamentos ruins não nos chegam mais, pois estamos focados agora em nossos objetivos.

Lavoisier já disse que “nada na natureza se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Dessa forma, essa frase também pode ser aplicada a nós mesmos. Somos os únicos responsáveis e capazes de mudar aquilo que nos causa sofrimento — mudando, ou melhor, transformando a maneira que enxergamos as coisas.

A Jornada do Herói, de Joseph Campbell, também nos mostra esse conceito: somos impelidos ao nosso crescimento quando enfrentamos adversidades. Se olharmos para trás e compreendermos que tudo o que passamos nos fez crescer, evoluímos.

Mas, quando olhamos com o sentimento de que apenas sofremos injustiças da vida, vamos ter fatalmente essas mesmas experiências repetidas várias e várias vezes.

Por isso acreditamos que a nossa consciência é a maior responsável por nossa forma de pensar e a nossa compreensão daquilo que temos à nossa volta. No entanto, temos o livre-arbítrio, que nos faz eternos aprendizes — até o momento em que não teremos mais dúvidas.